Coitado

As lágrimas se dispersam.

O efeito visual e sonoro se cessam.

As lágrimas se secam...

O choro acaba,

Mas deixa a boca amarga,

Com sabor de ressaca.

E o corpo doído,

Mole, caído...

Assim como a moral,

Que não tá nada legal...

Pois depois de enfrentar o varal,

Levou um chute na bunda,

Da amada vagabunda,

Que só queria vadiar.

E em outros peitos foi se encostar,

Pois aqueles peitos não lhe agradavam mais.

Coitado daquele rapaz...

Sem orgulho, sem moral, sem nada,

Foi largado pela amada.

E assim se fez teu,

Um futuro solitário, plebeu.

Coitado daquele rapaz que sou eu.

Maicon Merlin
Enviado por Maicon Merlin em 05/10/2006
Reeditado em 25/07/2009
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