Voos das almas.

Fim de tarde pacato, num verão

O céu tão azul

Quanto possas imaginar!

Nem falo das nuvens...

Essas estavam tão brancas

Como o cabelo grisalho

De um bom velhinho.

Aquele mesmo velhinho,

Que encostado em sua cadeira

No terraço da sua casa

Via a tarde passar, via sua vida passar.

Enquanto pensava,

Juntou-se a ele um pássaro

Parecia assustado, meio perdido

Quicava no quintal .

De pra lá e pra cá

Assobiava e parava...

Houve um momento de olhares

Entre o velhinho e o pássaro

Não foi possível entender muita coisa

Caso foi falado algo, ficou entre eles...

Logo em seguida, o pássaro bateu asas

O velhinho continuou pensando...

Ele, quando jovem, era tão sonhador..

Quis até mudar o mundo!

Agora estava ali...

Sentado no seu quintal,

Vendo o por do sol

Imaginando como será

Quando ele for bater as suas asas deste mundo.