O que é desilusão, senão te perder nesta imensidão de acasos?

Estou juntando os pedaços do que restou de mim.

Porém, dissoluto e em luto, minha alma pena.

Arrasta-se no lar vazio, e imenso o abismo no qual me alojei.

Ante o pedestal da deusa fria e bela, postei-me em jura cega.

Fiz juras, arranquei meu sangue e joguei nas pétalas a seus pés.

Transbordei meu cálice de lágrimas e sorvi o sofrimento tristemente.

Matei as rosas vermelhas e desfigurei o oásis dentro daquele jardim.

Fui morrendo de sede aos poucos diante do deserto que tornei.

Fitei o sol se pondo e o nascer do negro pontilhado de estrelas, e a lua...

Tão nua, fria, bela e distante. Amei com doçura dos amantes impossíveis.

Enfim, agora jaz o amor e compraz o fel em meus lábios que não mais pronunciam,

Seu nome. Um vazio me enche do sofrimento dos desiludidos. E findo, e não morro.

Palavras tristes e frias eu escrevo com o sangue nestas paredes tão alvas e eternas.

Onde começa minha insanidade e termina o resplandecido amor que tinha por ti?

Nunca saberei. Repostas estas só a dor me sublinhará, com o visgo de meu Espírito amargo.

Laskowiski, Alecxander Christian – 13/11/2010 (18:56)

Anne Laskowiski
Enviado por Anne Laskowiski em 13/11/2010
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