"A Dama de Vermelho"

Dentro da noite iluminada de neon,

Sentada à mesa, refletindo num espelho,

Um tango triste vindo de um bandoneon,

Faz o contraste com a Dama de Vermelho.

Traga uísque garçon pra minha mesa,

Hoje a despesa será paga por mim...

Quero dançar esquecer minha tristeza,

Nada perguntes, pois a vida é assim.

A bebida que o garçon trás para mesa,

Entre a fumaça de um cigarro vai sorvendo,

Em cada copo afogando às suas mágoas...

De um em um, com todos ela vai dançando.

Entre um tango, uma bebida, rolam lágrimas,

Desta Dama de Vermelho, solitária...

Que faz da noite a nefasta companheira,

Para esquecer todo seu drama e desgraça.

Quando chega a madrugada vai embora,

Um lindo carro conversível lhe espera,

Ninguém sabe qual seu nome e o destino,

Nem se a Dama de Vermelho um dia volte.

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 10/10/2006
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