Dor  e ... Desilusão


A cada nova luz que alvorece em manhã,
um novo aprendizado se manifesta.
E, ao despertar dos novos olhos
são cabíveis as renúncias totais e plenas.
 
É o exonerar-se dos sonhos da antiga noite,
os quais agonizam em deixar-se apartar.
Ao que de mais real detemos, o sal.
O mágico irreal de nossas forças vitais.
 
Mãos sofríveis esquadrinham nos versos
o único júbilo, o resgatar da alma aflita
aquilo que palavras não podem ser e,
frágeis perdem-se, levam os encantamentos.
...
Vêm os novos dias. Sempre vazios de sentimentos
em meio às tumultuadas convenções,
que raptam-nos a existência idealizada.
 
E assim, nos são ditadas as conciliações.
D´onde não somos mais que cativos pássaros,
apenas sonhando com livres e claros vôos
sobre o mar ... de um tempo qualquer.
...
A dor se dá ao passo que do céu é buscada a amplidão.
Dói pernoitar sob estrelas e nem de longe tocá-las.
E, fitá-las nos fia novas sementes de vida,
ao que no entanto, não estamos aptos, mas,
convencionadas nos estão, nas mentes, já vazias.
 
Dia após dia olhos mágicos nos velam.
Mantém-nos um pouco vivos e à margem
de existências... Utopicamente belas.
Quando o verdadeiro sonho é nada mais
que o ainda sermos nós,
mesmo que seja por só mais um dia.
 
Apenas mais um depois desse hoje exato que se debate
violentamente em descrença aos sonhos d´antes quistos.
Tão belos e sobriamente puros. No entanto, frágeis
e contundentemente esmorecidos de esperança.
...
Esse único ânimo de vida.









***imagens google***











AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 16/11/2010
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T2619735
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