INDIFERENÇA


Tem momentos
Em que não quero
Só paixão, sexo
Um carinho, um elogio
Talvez algo inusitado,
Ficar em teus braços
Pequenas coisas
Um afago, um colo pra deitar
Mas sem que necessite eu pedir
Que venha de graça
Do nada, do coração
Quando serei surpreendido?
É tão previsível,
Tão sistemática
Tão cerebral
Pouco emocional
Já deveria ter me acostumado
Mas por convivência
Às vezes passo a agir
Dessa mesma forma
Rude e insensível
Sabes onde me ferir
Como me irritar
Poderia ser acessível
Mas pra você
É sinal de fraqueza
De submissão
Algo inadmissível.
O que me sobra
Apenas tua indiferença..



Dego Bitencourt
Enviado por Dego Bitencourt em 22/11/2010
Reeditado em 22/11/2010
Código do texto: T2630377
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