Cúmplice do medo

Cúmplice do medo

Mãos que se encontram

e tateiam a face apagada

pelo tempo e afagam os

cabelos num vazio antes

modelado pelo frescor

da juventude, que aos poucos

e silenciosa se transformou

numa figura inquieta que

sonda a felicidade, por uma

fresta e tem medo de ser notada.

Memórias acalentam uma vida,

sem direito de uma manhã,

sendo que hoje é um mero dia,

que logo vai se findar...

São assim os dias solitários,

daquele que tudo viu, tudo vê

e nada faz para mudar.

ValquiriaCordeiro

ValquíriaCordeiro
Enviado por ValquíriaCordeiro em 30/11/2010
Código do texto: T2645975
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