DESCONHEÇO...
 
 
 
Assusto-me... Na sua face  tantas máscaras
dissimulam uma alma inquieta e insegura.
Em seu olhar uma névoa obscura oculta a luz
e sentimentos se inquietam em água impura...
 
Quantas mentiras alinhavaram meus dias?
Quem era o homem que meu corpo tocava
incitando o desencadear da louca paixão
e com promessas vãs, minha boca beijava?
 
Onde anda a estação de suor e ternura,
corpos espargindo o perfume da poesia?
Hoje o tempo confessa que tudo era embuste
e sou sonho prematuro, que abortou a estesia...
 
Quem é você afinal? Talvez nem saiba dizer
pois nunca vivenciou um amor de verdade...
Vaidade tola a sua, que ainda diz feliz ser!
 
Num canto qualquer as emoções escondo
e consinto que a solidão habite meu ser
enquanto versos trincados vou compondo...
 
Desconheço a mim, sonhadora que via eternidade
num tempo onde a palavra só continha falsidade...
 
 
15/02/2010

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 07/12/2010
Reeditado em 25/06/2011
Código do texto: T2657419