Que amor é esse?

Que amor é esse que despenca sobre as veias como córrego de sal?

E endurece o espírito e só me deseja o mal?

Que amor é esse sem vigor que marca as horas incertas?

Já amei demais e perdi as horas do tempo

E por jamais acreditar em desamor

Entre todas as janelas que me batem e me jogam para fora,

Sinto o meu calor

E choro a tristeza da perda de algo sem valor

Que amor é esse sem remédio?

Que corrói e dói com o tédio e me aniquila a carne?

Roubou a alma que finalmente retomei

E no colo suave tangido com veneno eu chorei por você

Meu semblante discorda da pobreza dos seus sentimentos

Amor é vontade e jamais refém do descaso,

Nunca fui ou serei caso, serei a solidão retida, só alguém de ninguém.

Diana Balis, Rio de janeiro, 13 de dezembro de 2010.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 13/12/2010
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