Carmem, meu doce veneno.
A mulher a qual me refiro,
Cheia de graça e efeitos.
Um dia me fez amor...
Um dia se quer eu soube amar!
Eu provei de sua efusão,
Mas acabei me apaixonando.
As causas são várias:
“–No te olvides de mi!”
Cada parte do seu corpo, agora...
Faz parte de mim.
Porque eu a amo, e sinto seu cheiro.
Ele é doce e venenoso.
Que me deixa sem eixo.
Mas o seu coração é individual, exclusivo!
Aquilo não passou de uma noite superficial;
Se ao menos eu pudesse ser o eleito do seu coração...
Percorreria a estrada de sentimentos mais longa que houvesse.
Mediante as conseqüências,
Tornava-a parte de mim.
Mas o seu egoísmo é muito maior.
E eu que pensava em “orgulho”
O seu amor é efêmero.
Coitado dos coitados que como eu acabaram apaixonados.
Ela é mulher de uma noite só.
Não adianta você tentar criar raízes.
Pois a noite será curta, e o falatório, pouco.
Porque ela é uma prostituta...
Sem mente e sem alma.
Aquela que fabula no seu imaginário.
Com sua beleza estonteante, capaz de proezas na cama.
E predestinada ao egoísmo.
...de quem tem medo do amor!
Maldita, vagabunda.
Que me faz escravo de seu frenesi.
Você é assim eu sei...
Não precisas mudar. Só nunca te esqueças que diferente de você.
Eu sempre te amei!