Carmem, meu doce veneno.

A mulher a qual me refiro,

Cheia de graça e efeitos.

Um dia me fez amor...

Um dia se quer eu soube amar!

Eu provei de sua efusão,

Mas acabei me apaixonando.

As causas são várias:

“–No te olvides de mi!”

Cada parte do seu corpo, agora...

Faz parte de mim.

Porque eu a amo, e sinto seu cheiro.

Ele é doce e venenoso.

Que me deixa sem eixo.

Mas o seu coração é individual, exclusivo!

Aquilo não passou de uma noite superficial;

Se ao menos eu pudesse ser o eleito do seu coração...

Percorreria a estrada de sentimentos mais longa que houvesse.

Mediante as conseqüências,

Tornava-a parte de mim.

Mas o seu egoísmo é muito maior.

E eu que pensava em “orgulho”

O seu amor é efêmero.

Coitado dos coitados que como eu acabaram apaixonados.

Ela é mulher de uma noite só.

Não adianta você tentar criar raízes.

Pois a noite será curta, e o falatório, pouco.

Porque ela é uma prostituta...

Sem mente e sem alma.

Aquela que fabula no seu imaginário.

Com sua beleza estonteante, capaz de proezas na cama.

E predestinada ao egoísmo.

...de quem tem medo do amor!

Maldita, vagabunda.

Que me faz escravo de seu frenesi.

Você é assim eu sei...

Não precisas mudar. Só nunca te esqueças que diferente de você.

Eu sempre te amei!

Belra Cross
Enviado por Belra Cross em 24/12/2010
Reeditado em 26/12/2010
Código do texto: T2689652
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