A humanidade caminha rumo a imbecialidade

o poema começa

na primeira linha

o poema termina

na última linha

se escreve

o que se pensa

não se escreve

o que não se pensa

não adianta ir contra o mundo

as ondas morrem na praia

quando se fecha os olhos

se encontra escuridão

não se perde a esperança

de um dia para o outro

mas aos poucos

gotejando

a flor seja qual for

o suprasumo da planta

êxtase máximo

o perfume do inconsciente

não precisa navegar

coisas dentro da cabeça

a pele quer amar

velhas lembranças

os requisitos para procurar

a remissão da alma

magia e propósito

fé e sabedoria

tudo esta bem

o vazio dentro do corpo

uma falsa impressão

o espaço não tem dimensão

não adianta falar com a imobilidade

o universo é imenso

tão vasto quanto

os segredos de uma mulher

o poema começa

na primeira linha

o poema termina

na última linha

carlos assis
Enviado por carlos assis em 26/12/2010
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