A humanidade caminha rumo a imbecialidade
o poema começa
na primeira linha
o poema termina
na última linha
se escreve
o que se pensa
não se escreve
o que não se pensa
não adianta ir contra o mundo
as ondas morrem na praia
quando se fecha os olhos
se encontra escuridão
não se perde a esperança
de um dia para o outro
mas aos poucos
gotejando
a flor seja qual for
o suprasumo da planta
êxtase máximo
o perfume do inconsciente
não precisa navegar
coisas dentro da cabeça
a pele quer amar
velhas lembranças
os requisitos para procurar
a remissão da alma
magia e propósito
fé e sabedoria
tudo esta bem
o vazio dentro do corpo
uma falsa impressão
o espaço não tem dimensão
não adianta falar com a imobilidade
o universo é imenso
tão vasto quanto
os segredos de uma mulher
o poema começa
na primeira linha
o poema termina
na última linha