PRAZER E PERDÃO

A mulher sem princípios, louca geme,

No colo de um vagabundo malfeitor.

Arreganha delirante tão embriagada,

A boca e o sexo que no corpo treme.

É a sua luxúria pecaminosa agregada,

Que mesmo no prazer não sente amor.

Ali, o alimento que se traveste em faturas,

Jamais trará pureza e o esplendor nascido,

A menininha que com honra foi bem criada,

Muito longe estárá de ser bela em ternuras,

Agora, mais tarde do que nunca é a aliada,

Nesta sina que o falso viver não faz sentido.

Chora convulsiva pela sua raiva em desatino,

Imagina no lamento o porquê de não ser feliz;

Tantos gozos derramados, fluídos de ninguém,

É como o andar pelas ruas, sem ter um destino,

Ter endereço anotado e ser apagado como giz;

Sem valor no preço que se paga de quem a tem.

Carinho não existe há muito tempo, já foi embora;

Onde a sua cara pintada sorriu horrores escondidos.

Quem ganhar com os sentimentos da miséria insana,

No inferno ele pagará, e para chegar lá não tem hora.

E tão certo como o dia irá raiar, eles serão recolhidos;

E que ao partir peça perdão, por essa jornada profana.

Setedados
Enviado por Setedados em 29/12/2010
Reeditado em 06/03/2011
Código do texto: T2698677
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