Corta-me em pedaços

Envenena-me arsênico

Atire varias vezes no peito

A passividade embala o corpo

Flutuo num oceano amargo

Desejando estrelas da noite

Mata-me de qualquer maneira

Sufoca-me saco plástico

Afoga-me banheira

Não aguento mais este poema

Não existe saida na parapsicologia

Não há solução na medicina alternativa

Bata-me na cabeça com um ferro

Apunhala-me cama

Queima-me gasolina

Sofro com ações

Que não se idealizam

O pouco que tanto quero

Fuzila-me paredão

Apedreja-me sem julgamento

Ferva-me azeite

Se não devo buscar algo

Que complete a existência

Qual a razão de viver

Enforca-me árvore

Eletrotuca-me poste da Light

Atropela-me caminhão Mercedes Benz

A filosofia O copo A política

O trabalho O estudo A consciência

Apenas desculpas ocas

Fira-me mortalmente

Devora-me leoa faminta

Exploda-me homem bomba

carlos assis
Enviado por carlos assis em 20/01/2011
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