Corta-me em pedaços
Envenena-me arsênico
Atire varias vezes no peito
A passividade embala o corpo
Flutuo num oceano amargo
Desejando estrelas da noite
Mata-me de qualquer maneira
Sufoca-me saco plástico
Afoga-me banheira
Não aguento mais este poema
Não existe saida na parapsicologia
Não há solução na medicina alternativa
Bata-me na cabeça com um ferro
Apunhala-me cama
Queima-me gasolina
Sofro com ações
Que não se idealizam
O pouco que tanto quero
Fuzila-me paredão
Apedreja-me sem julgamento
Ferva-me azeite
Se não devo buscar algo
Que complete a existência
Qual a razão de viver
Enforca-me árvore
Eletrotuca-me poste da Light
Atropela-me caminhão Mercedes Benz
A filosofia O copo A política
O trabalho O estudo A consciência
Apenas desculpas ocas
Fira-me mortalmente
Devora-me leoa faminta
Exploda-me homem bomba