Perdoem

Perdoem se querendo acertar errei tanto

Perdoem se o amor dedicado foi pouco

Perdoem se querendo ensinar atrapalhei

Perdoem meu jeito esquisito meus defeitos minhas contradições

Perdoem meu falar alto

A palavra direta

Não saber usar máscaras e nem sussurrar

Perdoem se meu colo foi pouco e meu braço não os alcançaram

Cada um tem um jeito de amar

Um dia talvez vocês entendam

Que pessoas não são iguais

E sentimentos são demonstrados de formas diferentes

Perdoem se o meu melhor não foi suficiente

Mas foi o meu melhor

Perdoem as noites em claro

Era proteção nunca intromissão

Perdoem meu silêncio

Mas a vida ensinou-me a calar

Em certas situações

Perdoem minhas cobranças

Queria que fossem melhores

De demonstrar meu Amor incondicional no dia a dia

E hoje mostrar para vocês que amor incondicional

Não suporta tanta traição

Apesar de toda minha espiritualidade

Sou humana racional e falta-me ainda muita evolução

Também estou tentando perdoa-los

O que vocês chamam de amar tão diferente do meu

Estou tentando entender as injustiças impostas

Talvez quando mais evoluída possa perdoa-los

Hoje sei que não

Meu coração está mergulhado na mais profunda dor

A dor da decepção do abandono da ingratidão

Perdoem por isso também

Quem sabe quando colherem seus frutos

Vocês entendam que fui importante

Mesmo que eu não esteja mais aqui

Perdoem...

Maria Marta Cardoso
Enviado por Maria Marta Cardoso em 23/01/2011
Código do texto: T2747406
Classificação de conteúdo: seguro