" SEM GRAÇA "

A vida anda sem graça,

inerte,

sentado no chão da praça,

vejo o povo que passa,

apressado, mal vestido, mal humorado, sem jaça ...

A vida caminha sem graça,

meu pensamento embaça,

o olho do poeta caça,

assiste,

o rebolado da mulata passa,

simbiose natural, mistura de raças ...

A vida anda sem graça,

inerte,

rolando no chão da praça,

fico pensando nela, minha musa, cachaça,

espalhando o perfume no ar da praça

e

dentro de mim ...

Para Binha

num dia qualquer,

de chão e praça ...

Poe

28/01/2011

Poe
Enviado por Poe em 28/01/2011
Reeditado em 31/01/2011
Código do texto: T2757187