A morte da poesia

A poesia em mim morreu

Não há tempo para a poesia

A poesia naufragou no mar da civilização

A obstenidade da dor engoliu-a em grandes pedaços

A poesia foi sufocada pelas ruas apertadas

os bolsos estão vazios

e os corações apertados

Lá na estante empoeirados

Jaz à poesia

Foi boa amiga para quem a leu

Foi uma companheira solidária

para aqueles que a conheceram

E para seu poeta

foi a mais sincera de todas amantes.

Henrique Rodrigues Soares - Romaria Lírica