Menino Pobre

Ontem eu vi um menino

Sozinho, deitado na rua;

A sua única companhia

Eram a noite, as estrelas e a lua.

As nuvens, aos poucos se uniram;

No céu, um rugido latente

Anunciou a chuva atroz

Que encharcou o menino doente.

O menino sequer acordou,

Não correu, não gritou, não gemeu,

A enxurrada o menino levou

E ninguém na rua percebeu.

O menino não tem pai, nem mãe,

Ele é filho meu, filho seu.

A noite chorou tristemente

Porque o pobre menino morreu.