A QUARTÁRIA

Da primeira a quartária,

Eu procurei uma imagem

Foi como uma miragem

Na flora incendiária.

Queimou as cinzas meu bem

Do temporal a estiagem

Disso não sobrou mais ninguém.

Deitado em meu sofrimento

Meu coração em farelos

De olhos ébrios amarelos,

Batendo a face do vento

De ondas e revoltos mares

Ao chão me veio os castelos

De areia e dos meus pesares.

Inda não sinto o teu choro

Nem lágrimas molhando teu rosto

Parece a essência sem gosto,

Mas, que do mais intimo foro,

Eu pus minha alma a chorar

Por sentimento exposto

Como as ondas do mar.

E este céu que nos abençoa

As vezes se cobre nublado

Estremece o mundo embalado

Ao som enleado que ressoa,

Préludio do fim da bonança

Traz um tufão ao meu lado

Minando a confiança.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 25/03/2011
Reeditado em 05/12/2012
Código do texto: T2869322
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