POUCA HARMONIA

Eu não posso te amar

Embora muito te amei

Nem vou te reconquistar

Muito já te reconquistei

A ti eu me dediquei,

Mas não quiseste acordar.

Agora assim como o sol

Pode amar a lívida lua,

E neste encontro arrebol

Distante fica da rua

Os raios da pele nua

Como a casa de um caracol.

E no feitiço da lua

A águia fagueira no céu

A alma da loba é sua

Forte atração insinua

Pelo seu par, o seu réu.

Como para noite é o dia

Será o nosso grande amor

Que apesar da agonia

E de tanto que nos causa dor

Por durar tanto o ardor

Tem muito pouca harmonia.

Não posso mais te amar

Pois não me agrada sofrer

Nem ser pisado no lagar

De uvas salpicadas ao ar

Assim para mim não é viver.

Eu entendo claro o português

Li muita dor nessas linhas

Por tudo que o destino fez

O prazer já teve a sua vez

Pela paixão que me tinhas.

Agora as flores e as rosas

Nos sonhos serão esquecidas

As fontes de "Águas Formosas"

Emanam maravilhosas,

Nas fontes entristecidas.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 26/03/2011
Código do texto: T2871328
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