ADEUS

Essa tua forma de encarar amor

Fanada já está do meu jardim

Só exala livre da pétala o olor

Do amor que exala o fim.

Vai a minh´alma por quimeras,

Cansada e exausta de dor

Busca alívio por tantas esferas,

Mas voeja na esfera flor.

Embreago-me de tanta saudade,

Mas assumo esta dor de mim

Encara com força a minha verdade

Que este amor chegara ao fim.

Se tu mesma não valoriza o tempo

Que correu por nossa união

Mas se ainda vive o tormento

Da desconfiança que ofusca a visão.

Como lido com essa dor mortal

De viver sem ti em minha vida?

É como sentir o vento outonal

Que desfolha a ávore querida.

Mas tem outono, tem a primavera

Que renascem as folhas verdejantes,

Choro prantos nessa triste espera

E suporto as dores recalcitrantes.

Horas passo na noite silente

Lembando de teu olhar tristonho

Fica a dor muito mais ardente

Quando tudo me retorna em sonho.

É adeus? Mas não me deste adeus!

Não se lembrou do meu amor,

Letárgico fico nos sonhos meus,

Inebriando-me por seu doce olor.

Digo adeus, mas não para ti,

Sim para os conflitos atritantes

Que contigo amargo vivi

Nas luas dos refeces amantes.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 27/03/2011
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T2874179
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