ADEUS
Essa tua forma de encarar amor
Fanada já está do meu jardim
Só exala livre da pétala o olor
Do amor que exala o fim.
Vai a minh´alma por quimeras,
Cansada e exausta de dor
Busca alívio por tantas esferas,
Mas voeja na esfera flor.
Embreago-me de tanta saudade,
Mas assumo esta dor de mim
Encara com força a minha verdade
Que este amor chegara ao fim.
Se tu mesma não valoriza o tempo
Que correu por nossa união
Mas se ainda vive o tormento
Da desconfiança que ofusca a visão.
Como lido com essa dor mortal
De viver sem ti em minha vida?
É como sentir o vento outonal
Que desfolha a ávore querida.
Mas tem outono, tem a primavera
Que renascem as folhas verdejantes,
Choro prantos nessa triste espera
E suporto as dores recalcitrantes.
Horas passo na noite silente
Lembando de teu olhar tristonho
Fica a dor muito mais ardente
Quando tudo me retorna em sonho.
É adeus? Mas não me deste adeus!
Não se lembrou do meu amor,
Letárgico fico nos sonhos meus,
Inebriando-me por seu doce olor.
Digo adeus, mas não para ti,
Sim para os conflitos atritantes
Que contigo amargo vivi
Nas luas dos refeces amantes.
(YEHORAM)