DOR EM VIGÍLIA

Nesta noite cálida e dolorosa

De mais um dia que vivo sem ti

A minh´alma emotiva e chorosa

Senta e chora por tudo que vivi.

A flor do nordeste que amei

Dos olhos de mel e tristonhos

Que um dia feliz conquistei

Hoje joga na rua os meus sonhos.

E minh´alma deitada em pejo

Por todos aqueles dizeres,

Por estar tão distante o teu beijo,

Por não sentir mais teus prazeres.

Vejo morosa chegar a aurora,

Procrastinando até o alvor

E a espera que é minha senhora

Faz delongar mais minha dor.

É cruento este meu sentimento

Uma espada de dois gumes

Dilacera minha vida no vento

Por motivo tolos de ciúmes.

Quando foi que eu não te amei,

Quando não fui te socorrer?

Se tão nobre sentimento provei,

Por que não o deixaste viver?

Tu não deixaste viver o amor

Não lhe deste sossego e paz,

Mesmo sendo tão meiga flor,

É a mágoa que te satisfaz?

Minhas vácuas madrugadas

Me falam no silente agudo,

As vozes das ruas paradas

E o cão que late sanhudo.

Tudo me foi cravado n´alma

A lembrança da indiferença,

Finalmente chegara amanhã calma

Ao dilúculo pedindo licença.

Espero que minha dor ceda assim,

Como a noite cede para o dia,

Que meu suplício tenha um fim,

Sem licença chegue a alegria.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 28/03/2011
Reeditado em 28/03/2011
Código do texto: T2874835
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