INDÔMITA II
Nesta tua indômita alma
Que afugenta a minha calma,
Reflete pávida mulher
Que busca ação reativa
Repele a flor emotiva
Temendo um suspiro sequer.
Sofreste tamanho trauma
Com punho e na tua palma,
Carrega em teu regaço
O susto de um olho mal
De um torvo vendaval
Que te causara cansaço.
Eu vejo a tua doce face
Debaixo de teu disfarce
De uma mulher intocável,
No teu desejo obscuro
Não mira para o futuro
Nas mãos de um homem afável.
Na hora da tua blandícia
Tu perdes a sã malícia
Que da mulher eu venero
Dela meu peito deseja
Sentir quando ela me beija
Com um sentimento sincero.
(YEHORAM)