A CAMINHADA
Ao amares
Aquela mulher...
Tu pensas... e calas...
E segues a caminhada...
E vês mulheres que vagam...
Ao voltares à casa,
Descontraído, tímido e temerário,
Olhas para tua mulher e te calas...
Eis que, de repente...
A mulher que tu amas...
Lamentando que por ti...
Nunca fora amada...
Grita ao mundo
Socorro....
Vai...
E tu, diante a incúria e desdita, te calas...
Cabeça baixa
E pensando...
Às ruas retorna...
Como quem nada quer...
E observas mais uma vez...
As outras mulheres...
E, neste momento, notas que ali...
A tua amada também se encontrava...