Um "oi" não mata!

Um "oi" não mata

Nem coroa,

Apenas alimenta uma educação de uma civilização comunicativa.

Apenas alimenta a esperança de uma boa vizinhança mais relativa.

Mas não quero tua hipocrisia,

Sinto azia só de pensar e reclamarei com o síndico.

Oh, síndico, abençoaste pessoas mal educadas? Ah, por favor.

Revoltaste as minhas expressões de pessoas tão sem educação.

E eu, tão humilde, ainda lembro dessas vizinhanças.

Que vizinhança nada. Vou dar no gato. Vou dar uma festa e nem irei te chamar.

Ligarei o som no último volume, chamarei paparazzis e nem irei te convidar.

Não convidarei ninguém, pois a festa é minha. Eu sou a atração do transformista que organiza sua própria lista, sem ninguém!

Meus respeitos deixaram de te respeitar. Meus olhos deixaram de te olhar.

Não olho para fantasminhas. Odeio fantasmas, pois eles não existem. Vocês não existem.

São incapazes de dizer um oi. São incapazes de manter um relacionamento homogêneo com meus olhos.

Rapaz não tem direito de comer insosso e beber salgado. Entendeste meu vocabulário? Oxê, estou intrigado.

Irei pegar-o-boi, irei arremessar numa consciência dolorosa.

Deixarei o impacto, seu tolo, samangar.

Pegarei minha peixeira e farei um assado à picadinho.

Não preciso de seu oi,

Eduquei-me sozinho.

Sou um rapaz autodidata.

Sei tocar minha campainha sozinho.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 03/04/2011
Código do texto: T2886848
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