AGORA É ADEUS

O sentimento agora que me nutre

São réles sensações de amargor

Por tanto tempo que se cumpre

Cumpre-se desgraça e dissabor.

E era um amor que me sorria,

Uma linda flor desabrochar,

Uma luz brilhava ao fim do dia

E dizia, toda vez, que ela ia chegar.

Mas agora apenas doi o peito,

O pejo de uma vil ofensa

Tudo lindo já fora desfeito

Lágrimas caindo em recompensa.

Vejo adiante ponte queimada

Impossibilidade de se retornar

Devo procurar para mim nova jornada:

Nunca mais eu vou poder te amar.

E essa voz pairando duvidosa,

Falando-me que é assim a vida,

Mas não quero sentir mais lutuosa

A imagem da minha ex querida.

Ah se fui em vão desnorteado

Turbou-se em mim o coração!

O meu ser ficou doente agitado

Vaguea na noite, escuridão.

Foi-se de ti a vã, tua beleza,

Junto com aquela tua graça

Vã se tornou inda com certeza

Esta tua face que disfarça.

Tu dizias que havia em ti amor,

Eu cri que amor em ti houvesse,

Mas se houvesse não haveira dor,

Ah se o pensamento eu soubesse!

A indolência deste teu apego

E a presteza de se desapegar,

Logo perco o teu terno conchego,

E a alegria de poder te amar.

Eu sinto que é hora do adeus,

Assumir danos e prejuizos

Mudar o rumo dos caminhos meus

Do outro lado há mil paraísos.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 06/04/2011
Código do texto: T2892698
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.