O ADEUS DA NOITE

A minha flor que voeja no vento,

Pelos áridos sequiosos terrenos,

Desde o norte melífluo unguento,

Na distância de amores serenos.

A tíbia brisa nos toca fagueira

Num sopro de benção impetrada,

Na romântica cantiga ligeira

Nos levando pela sua estrada.

Mas o amargo dos lábios teus,

Que repele o amor na querença

As lágrimas cintilantes de adeus

Pela triste e dolorosa sentença.

E a noite me dava adeus chorosa,

O seu manto salpicos das estrelas

Esvaindo-se no olor de uma rosa

Que na aurora não mais pude vê-las.

Despedia-se melancólico o luar

Que fulgia vultuoso e distante

Fria brisa na areia a soprar

O adeus deste amor aviltante.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 13/04/2011
Código do texto: T2907395
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