Coda

Vivo a apreensão do teu silêncio...

E meu coração é a mimese da dor.

Se houve algum erro pelo torpor,

fui apenas real, mostrando o que penso.

A vida é música, ária intensa.

Nesse concerto, o som e a pausa,

quando no tempo certo, emocionam!

O calor agora e a dor que me causas,

fazem de mim taciturno homem, sem crença:

mereço tanto desprezo, este silêncio, um não?

Mudou tudo... Mudaram os gestos...

Aonde foi parar aquele sorriso que era meu?

O olhar, antes certeiro, decidido e forte,

continua negro, brilhante... Mas e o breu?

Não me queiras mal nem me largue à própria sorte...

Por mim mesmo sumirei, dando em tudo um basta!

Afinal, o mal que fiz também me soa indigesto.

Crato-CE, 25 de abril de 2011.

22h19min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 25/04/2011
Reeditado em 25/08/2013
Código do texto: T2930803
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