o inócuo

Quando o vi questionei,

Pela aparência que tinha.

Uns zombavam,outros esquivam-se,

Eu temia , mim criticava,

Como posso mim comportar de maneira tão igual,

A esta sociedade injusta e banal?

Que descrimina apenas por está mal vestido,

Talvez com roupa rasgada,

E um perfume desconhecido?

Com medo da violência também assim estou agindo.

De forma covarde e triste.

Me envergonho,me consolo,

Não tenho escolha , eu vivo.

Alguém bate em minha porta,

Bem vestido,bem cheiroso.

Abro-a e o convido.

Este mim rouba e sai rindo.

Sozinho fico aturdido.

Me pergunto como posso,

Ter medo de uma roupa,

Ou de um pedinte inócuo?

Como podem?

Como posso?

graça Noronha
Enviado por graça Noronha em 08/05/2011
Código do texto: T2957255
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