CERTO E IMPROVÁVEL
O certo e o improvável andam de mãos dadas,
Andam pela estrada afora,
Sem perguntas e nem respostas...
Porque o certo se acha certo ,
E o improvável pode nunca ser.
Então só andam,
Sem perguntas e nem respostas,
Sem porquês e pra que...
São almas afins que só andam,
E esperam aflitas pelo fim...
Certo e improvável... Sempre,
Lado a lado,
Vida a vida,
Mas inseparáveis,
Porque não conseguem se desvencilhar de si mesmo.
Se julgam,
Julgam,
Se calam,
Se estraçalham,
Mas não se largam
Machucam... São machucados,
Mas não sei por quê...
Não se largam.
Talvez porque o certo ache sempre certo,
E o improvável não acredite que não pode ser.
Enquanto isso eu grito de dor,
Pelo certo que não é certo,
E o improvável que não aceito.