João Ninguem
Sou um ser amargurado,
um qualquer João Ninguém,
sou um desempregado,
bolso vazio, sem vintém.
Pois trabalho não se tem,
eu carrego até entulho,
sigo nesse vai e vem,
em busca do meu pecúlio.
Bem antes de o sol raiar,
vou em busca do pirão,
bucho vazio assim vou.
Sem serviço rejeitar,
faço com satisfação,
sem importar qual labor.