Começa o questionamento.

Começa o questionamento.

Vejo que aquele que gasta sua milhas com prostituição é um abençoado

E eu, que carrego o piano, fico todo suado, mas não sou abençoado.

Eu pergunto por que ele? Você pode achar que sou invejo, mas não é essa a questão, mas, sim, aquele que pega seus valores e joga no ralo, pois olha o bolso e vê que está lotado.

Agora eu e muitos que lutam com todas as garras, olhamos nosso bolso furado.

Questiono e, então, você poderá me dizer: Nem só pão vive o homem, mas com a palavra de Deus.

E eu digo: Muito bom seu ensinamento bíblico, mas eu recito que é recíproco que chega uma hora em que, de palavras, o mundo se cansa.

Porque ouvir sempre a mesma coisa cansa.

Desanda, então, os conceitos de que a normalidade já foi boa.

Quero, então, dizer em palavras de bom som: porque ele?

Por que não eu?

Não vês, Senhor, que eu poderia tirar algum proveito se tivesse a chance que não tenho?

Para que testar um ser criado por ti, que sabes que não corresponderá?

Use tua onipotência. Use de sua onipresença e verás

Que nem toda a tua cria age de boa fé.

Eu me questiono o porquê de haver crianças com fome

E pais sem poder alimentá-las.

Eu me emputeço com a dor que nunca senti e com

A sede por qual nunca passei.

Eu vejo aquele homem comprando carros luxuosos e enrolando dinheiro em seu charuto cubano.

Por quê, meu Deus? Por quê?

Chega uma hora que as palavras cansam

E, agora, eu já me cansei.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 03/06/2011
Código do texto: T3012814
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