LEIGOS PLANOS.





A malévola deixou o frio me levar,
Para o lúgubre e distante lugar,
E ali permaneço a clamar,
Até a insana ré, me buscar.

Lá, onde o luar fica sem luz,
Lá, largo limear da escuridão,
Lá, onde o ficar não seduz,
Lá, lugar cinzento sem chão.

Louco fico a lhe esperar,
Lento vento, linha do desterro,
Levo solidão ao meu altar,
Louvo ao céu, perdoa meu erro.

Livro-me dos tantos e tantos desenganos,
Lívido sigo tristonho a chorar,
Levo comigo a esperança dos leigos planos,
De lentamente, alegria chegar.




Por: Jaymeofilho.
21/06/2011.