Autobiografia

Eu sou aquele que dita soneto até de madrugada

Aquele que teve os irônicos lábios acorrentados

Por causa do ciúme de um tolo namorado

De uma amiga que estava sendo celebrada.

Eu sou aquele que enfim colocou ao pés na estrada

Depois de passar um ano apaixonado

Por quem sofria por querer viver um amor passado.

Aquele que acha que encontrou outra amada.

Eu sou aquele que não quer sentir o sentimento

Que sente por uma linda morena

Por cauda da distância e efemeridade do tempo.

Eu sou aquele que disse que o amor não valia pena

Por tomado de mágoas e ressentimentos

E que agora sente saudade de sua face serena.

Paulo Rodrigues
Enviado por Paulo Rodrigues em 01/07/2011
Reeditado em 18/09/2021
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