Dor

Um estranho olhando um muro

De frente a uma lembrança,

Sem nenhuma esperança

De parar de se preocupar.

Pinto as paredes de preto.

Risco minha lista de amigos.

Fecho as portas e as janelas.

Passo ao largo da vida.

Ando pelas ruas sem destino,

Minhas palavras viram desatinos.

Forço as amarras e as correntes

Que me prendem a rotina.

Sou um prisioneiro de mim mesmo;

Um escravo sem chance de fuga

De uma briga sem razão,

Que parte a alma e o coração.

Marcelo Riboni
Enviado por Marcelo Riboni em 22/07/2011
Código do texto: T3111523
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