Desilusão

Então, as rosas secaram.

As pétalas caíram uma após outra.

Ficou a observar as pequenas pétalas no chão.

Na boca, o sabor amargo da desilusão.

Olhos marejados de lágrimas.

Lágrimas que teimavam em rolar,

Como que para esvaziar a imensidão

da dor que sufocava seu coração.

Então, o vento soprou devagar

levando com ele as pequenas pétalas do chão.

Pétalas sem cor, sem brilho, que secaram e caíram

uma após outra no chão.

Observou os talos secos no vaso

E sem pronunciar uma única palavra

secou as lágrimas com as costas das mãos.

Depois, pegou os talos e resolveu acabar

de uma vez com aquela que talvez tenha sido

a maior de suas desilusões.

Jacinta Santos
Enviado por Jacinta Santos em 25/07/2011
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