Deixando de existir

Era aquele visgo tão aparente,

apegado em tantos afetos desfeitos no breve...

e o passar das horas chegava tão leve,

anunciando as mentiras que afloram nas cores.

Falsas ilusões, dissabores

e essa vontade incontida de sumir.

Era aquele visgo amaldiçoado,

fazendo-me crer que não estava errado

as vezes em que eu fazia insistir.

E nada recomeça enquanto tudo não acaba,

porque seguir adiante com algo mal resolvido

é pedir para sofrer, é deixar de existir.

EYES WITHOUT A FACE
Enviado por EYES WITHOUT A FACE em 09/08/2011
Reeditado em 27/12/2012
Código do texto: T3150165
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