Seus Anseios

As linhas prateadas que cortam o céu

Desenham a silhueta da dor, camuflando

As lágrimas que correm sem cessar

Vincando a face como a erosão na terra

O sobriedade dos sentidos esmaece

Numa repleta sinfonia anestésica

E servindo à sofreguidão, os disparastes

Desatinam o senso que insiste em restar

Das andanças que já fiz, ainda o muito

Surpreende-me e nada do que faço

É decente diante dos seus olhos

Espelhados aos meus atos, vem o medo

Sem saber por qual caminho percorrer

Vou vagueando, sem sentido, sem destino

E talvez se um dia eu chegar na altitude

De teus anseios, eu possa repousar sem dor.

Grasielly Machado
Enviado por Grasielly Machado em 30/08/2011
Código do texto: T3191543
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