Amigo oculto

O que te fez parar amigo?

O que te fez sentar

À beira do caminho?

Posso ficar um pouco

Aqui contigo?

Eu vejo através das

Lágrimas do teu olhar

Cabisbaixo a tua alma,

Esse oceano em que

Estás a nadar...

Amigo não há ilha

Nesse mar?

Não pode parar

E descansar amigo?

Olha, nao podes me ver,

Mas estou aqui

A ciciar em teu ouvido

Essas palavras que

Não sei se vás ouvir...

Entrando pela pupila

Do teu olho eu

Cheguei no teu coração

Quadros sem fotos,

Moveis cobertos,

Só encontrei desolação...

Amigo por que

Desabitou teu coração?

Olha, olha para essa noite,

Olha, olha mais adiante,

Percebe os raios solares?

Amigo o teu silencio

Inundou teu coração

E abafa a lareira

Que o faz funcionar,

A estrada é longa e árdua,

Mas eu sei,

Eu sei que podes suportar...

Lembra daqueles tempos hostis

Lembra não para

Sofrer novamente, não,

Esquece aquela gente,

Mas lembra só por um

Momento e compara

Com este de agora

Aquele sofrimento...

Amigo sei que na vida

Tudo que passa é o tempo

O resto fica em vocês

A se acumular,

Mas você deve fazer

Um corte no seu peito,

Deve deixar a luz entrar

E você vai resistir

Amigo, vai sim,

Porque estou aqui

para, se for o caso,

Te reanimar...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 22/12/2006
Reeditado em 23/12/2006
Código do texto: T325760
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.