Sangrando em mim

Singra os mares ó fantasia

Sangra o peito dentro de mim

Corre atrás de teu horizonte

Horizonte que jamais existiu

Que na procela o sonho afunde

Já não há o que sonhar

Que meu espírito fique imune

Ao teu paladar

O meu corpo está cansado

Espírito, acho que não tem

Motivo prá seguir viagem

Almejando um novo além

Não sou poeta, sou ingrato

Não sou gente, não sou ninguém

Vou viver no anonimato

Para assim não ferir ninguém

Os meus sonhos se findaram

Não há mais o que escrever

Vou viver como um rato

Me deixar apodrecer