Melancólico e vil

Melancólico e vil

Atiraram em minhas asas cansadas sofridas e maltratadas.

Aproveitaram a hora que perdi a direção da longa estrada.

Foi na hora do vôo eu todo molhado deram gargalhadas.

Sobrevivi com vida tive as vestes e minha ilusão dilaceradas

no meu afastamento.

Perdi o caso e meu casamento com muita confusão e tormento

no meu novo lamento.

Estou machucado e reprimido e com meus fortes gemidos,

fui uma mira precisa no peito alcançado.

Domado esqueci o a ousadia e como um animal esquivo não

mato e no mato não me via mais dourado.

Enganaram-me e levaram principalmente você, não tem noção

quanta tristeza existiu.

Mas forte e enérgico continuei vivendo, ou sobrevivendo no dia

morto, forte e meio viril.

Expirei aos poucos por ternura, meu coração perdoou, mas não

esqueceu e eu também não olvidei perecendo.

Gostei demais não olhei detrás, era livre meu caminho, animalesco

cavado sem guia, sem ardil mas me mordendo.

Senti-me abandonado, cambaleando em minha estrada, em busca

de amparo, e de um amigo febril.

bicho agatanhado mas por impulso intenso, minha trilha rescindi

uma tentativa melancólica e vil.

Sei que uma fina flor existiu, mas que não arrostou as ventanias

duráveis da falta de vida e muito calor.

Sei que os vestígios articulam, mas os versos silenciam o que

eu abafei por um intensa falta de amor.

Serei preciso em viver os pedaços não vividos que aquietaram

meu serei de ser...

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).