Morrerei hoje.

Morrerei hoje.

Sim, hoje eu morrerei para o mundo.

Morrerei para as injustiças da vida.

Morrerei para todas as minhas feridas.

Sim, eu apenas e somente estou de partida.

Sim, eu sempre estou de partida.

Esse mundo não é para mim.

Esse mundo não é meu.

Não, eu não inventei esse mundo.

Esse é o mundo que os outros inventaram.

Esse é o mundo que me obrigaram a engolir

Então hoje eu morrerei para esse mundo artificial.

Eu morrerei para toda injustiça do mundo.

E morrerei para toda discriminação sofrida.

Eu morrerei para essa coisa vãs.

Sim, nada agora desse mundo poderá me tocar.

Porque agora o mundo para mim não mais existe.

E eu sou apenas a sombra de tudo que existe.

E, não, para mim nada mais existe.

Eu morrerei hoje.

Morrerei no coração daqueles que tanto mal me fizeram.

Morrerei para a lógica angustiante desse mundo pericritante.

Caminharei como um adante sem rumo.

Sim, eu caminharei sem jamais olhar esse mundo que tanto mal me faz.

Agora só me restou a morte.

Porque foi tentando ser feliz, que eu encontrei a tristeza.

Foi lutando, que encontrei a injustiça.

E foi querendo desperadamente viver que eu encontrei a morte.

Sim, foi desejando desesperadamente viver que eu encontrei a morte.

Sim, eu encontrei a morte porque ela sempre esteve dentro de mim.

Sim, a morte sempre esteve dentro e fora de mim.

Então, hoje eu morrerei definitivamente para as coisas vãs desse mundo.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 11/11/2011
Código do texto: T3330007
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