Antropofagia
Uma bandeja de prata.
Um pano de linho e renda.
Uma caixinha de madeira.
Com zelo entreguei meu coração!
O peito estava aberto.
Os olhos, carentes
As mãos, envolventes...
Assim foi acolhido.
No peito alheio,
Buscou sua nova morada
Crendo bater acompanhado,
Suspirou, agora mais vivo, acelerado.
Súbito calou-se,
escorrendo dilacerado...
A boca era quente!