Um plano que falhou

Um plano que falhou

Uma sobra que não se aproveitou

Um borrão à vista

De quem tem amor,

A permanência de uma dor,

Eis o que eu poderia ser,

Mas nem isso sou...

Uma peça inadequada,

Uma estrada que se apagou,

Uma consciência distante,

A dúvida de quem diz que se encontrou,

Eis o que às vezes penso ser,

E o que às vezes sou...

Um adeus que ninguém escutou

Um prazer em ser externo,

Uma vontade se ser eterno

Mas que alguém os dias já contou

Eis as vezes o que sonho

Eis a asa que se quebrou...

O poeta de despoemas

Que a todos desagradou

Sem nem mesmo citar seus desversos

A quem jamais alguém interessou,

Eis às vezes o que penso ser

O que tenho certeza que sou..

Os meus medíocres versos,

Como os que eu agora estou

A compor,

Um despoema nascido da dor,

Que me parece autoconsciente

E pensa que eterno se tornou...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 06/01/2007
Reeditado em 06/01/2007
Código do texto: T338807
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