Desabafo

Sabe, aqueles dias de merda?

Ah sim, chega desse podre romantismo,

Vamos dizer o que sentimos,

Sem fazer hipócritas reservas.

Tem momentos que desejamos,

Mandar o mundo se foder,

Assim é mais justo viver,

Não mais indiferentes ao que odiamos.

Já estamos repletos,

Desses sorriso de bunda,

Com fétida abertura,

Soltando escárnios dejetos.

Se existisse um deus,

Estaria se cagando para nós,

No fundo sabemos que estamos sós,

Diante do cretinismo que nos corrompeu.

Olhem bem essas crianças desgraçadas,

São consequencias também dos seus atos,

Não limparemos a mente desse fato,

Viveremos essa tragédia anunciada.

Elegemos canalhas,

Próximos do que somos,

Árvore de podres pomos,

Germinando pragas.

Falam-me de céus e infernos,

Desgraçados sacerdotes,

Assombram o povo com a má sorte,

Enquanto regozijam em privilégios.

Puta que pariu a cada um de nós,

Aquela deusa primitiva ou a Virgem Maria,

Não passam de seladas ou escancaradas vaginas,

Com proles que nascem em maus lençóis.

Diante dessa mesquinharia eu desanimo,

Que venha a dança de Shiva,

Destruindo essa funesta vida,

Tendo o caos como único arrimo.

Quem desejava discurso de céu limpo e azul,

Decepciono com prazer de revoltado,

Para que dar lirismo ao dissabor de um desabafo,

Os descontentes eu peço que vão tomar no cu.

Chega da moral de castrados manipuladores,

A politicagem deve ser pisoteada,

Rasguemos as vestimentas privilegiadas,

Sejamos alcatéia que devora pastores.

O golpe deve ser forte,

Para esmagar, reduzir,

Fazer o alicerce ruir,

Brandir a foice da morte.

Em vez de estátuas a ditadores,

Deixemos os corpos desses escrotos,

Exposto para os abutres comerem com gosto,

Depois defecarem esses pútridos senhores.

Vão se danar os papas,

Junto com a igreja maldita,

Aos diabos o seu messias,

Vamos para as ruas encher a cara.

Que os policiais,

Enfiem no rabo seus cassetetes,

Voltemos aos tempos de moleque,

Um mundo de inocentes imorais.

Alegria é peidar na cara de Cristo,

Fazer a Virgem perder o hímen,

Espancar Jeohvá até que o aniquile,

Usar porra como água de batismo.

As palavras são ácidas,

Porque a realidade é dura,

Deixemos de frescura,

Vamos direto a prática.