O DOMINGO

Enfadonho domingo,

Eu, aqui só, comigo!

Nunca gostei de domingo,

É uma chatice quando se está só

E, mesmo acompanhado, é enfadonho!

Certo que não foi de todo infrutífero,

Escrevi dois bons poemas: Dia e noite;

Humana flor de cacto. Eu mesmo questiono:

Como pode uma alma tão triste e deslocada

Na vida escrever poesia de ótima qualidade?

Não sou quem diz, mas dezenas de comentários

Nos sites de divulgação e os que me apertam a mão!

Meu pensamento – que sou eu na minha essência –

Traz em si a inquietude, é como uma gigantesca antena

Captando inspiração que minha alma poética – sem pena,

Exige seja derramada em minha “pena” que a faz poema!

Não creio que para ser poeta há de sofrer – isso é figura

Que o Mestre Moraes usou sob medida e como muita lisura!

Ninguém nasceu para sofrer, se sofro – devo merecer...

Mas, penso que ainda vai acabar ou minorar meu sofrer!

A noite vem chegando, com ela me entendo – ela me alegra!

Vou ver minha namorada: a Lua, Dama de veste prateada,

Certo que me contará, emocionada, mais uma história de amor!

Já não estou triste! Adeus domingo, eu venci! Sou Grato Senhor!

¹Vinícius de Moraes

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 08/01/2012
Código do texto: T3429792
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