CHUVA BLUES.
A chuva cai:
madrugada, mágoas
lágrimas e blues.
Sons de piano:
Memfphis Slim,
mínimas colcheias,
sonhos azuis,
palavras vazias,
sentimentos dispersos,
versos sem rimas,
dores sentidas,
intíma ferida,
egos partidos.
A chuva cai:
àguas passadas,
lembranças deixadas
noites curtidas,
e desimpedidas.
E, madrugada adentro,
meu pensamento se esvai,
até que a chuva passe.
Enquanto cair a útima lágrima.
Enquanto ouvir o último blues.
Autoria: Julimar Antônio Vianna.