AGONIA
Sandra Mamede


Minh’alma fria como a madrugada
Está sombria, em calma agonia
Coração mudo, faz-lhe companhia
Unidos pela tristeza guardada

Meu corpo anda só, titubeante
Num ir e vir de peregrinação
Cansado... e sem nenhuma emoção
Acompanha meus passos vacilantes


Quero lutar! Amar! Quero viver!
Subir à tona para sorver o ar
Para ajudar-me no sobreviver

Quero sorver da taça do desejo
Sentir meu corpo a vida abrigar
Mesmo que seja um simples lampejo