NÔMADE
 
 
Andei por aí, cavalguei montanhas,
Singrei mares, cruzei lagos congelados
Varei desertos, vales, terras estranhas,
Florestas e rios, abismos profundos.
 
          Quantas paisagens multicores ante meus         
          cansados  e aturdidos olhos desfilaram?
          tanta gente, nesta terra de meu Deus,
          costumes, crenças e mil outras coisas viram.
 
Que procurava eu, então, na caminhada?
Acho que por mim mesmo e, sozinho,
tentava achar o fino fio da meada,
perdido em algum lugar pelo caminho.
 
          Andei tanto, tão longe fui, na minha busca,
          Sem saber que o reencontro tão querido,
          Só viria acontecer, na minha vida louca,
          No exato lugar de onde, perdido, tinha saído.
paulo rego
Enviado por paulo rego em 09/03/2012
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