Gotas de mel

O adocicado tempero fraqueja

Comer é o ato libidinoso.

O mestre sem cerimônias, exagera as cores e sabores.

Como nos Castelos de Monarquia,

Os cabelos altos e revoltos, na farta mesa degustam novos odores.

Tranquilamente junto deles, sentam-se os cães de caça.

O tempo é de vinhos, pães, faisões e leitões.

Hoje tem a carne humana...

O prato temperado em revistas é a mulher...o homem...o ser.

Vejo da janela o cheiro do tempero.

No desamor, onde mora a filosofia,

Sodoma e gomorra é ficção?

Ou é salgado o gosto de amar?

Diana Balis, Rio de Janeiro, 11 de março de 2012.