REGINA MARIA

REGINA MARIA

Fora embora sem aviso prévio

Ignorando anos de sortilégio

Que desfrutaram entrelaçados

Como dois amantes bem amados

Fora e não deixara rastro

Sumira qual um cometa astro

Caindo sabe-se lá em que paragens

Ao fim de sua viagem

Ela ali petrificada

Sem reação, sem nada

Apenas vertendo lágrimas incolores

Para lavar suas dores

Por que partira

O que será que vira

Para que lhe desse esse chute

Que lhe fizera perder o azimute

Seu norte sumira

Ficara toda desorientada

E agora desesperada

Não conseguia ao menos ter ira

Aquela súbita partida

Tinha nome e sobrenome

Vida e residência sabida

Regina Maria era ela o pronome

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 09/04/2012
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